TKTX: Pomada anestésica mais popular do Brasil é proibida
Uma das maiores reclamações de quem faz uma tatuagem, sem dúvida nenhuma é a dor que ela pode causar. E as pomadas anestésicas viraram uma febre nacional tanto entre tatuadores quanto pros clientes. O que a grande maioria não sabe é que a venda, divulgação e uso da pomada TKTX é proibida pela ANVISA no Brasil desde 2017.
As pomadas TKXT entraram no mercado nacional em 1996 prometendo o alívio ou até mesmo zero dor em procedimentos estéticos como micropigmentação de sobrancelhas e tatuagens. Em sua embalagem as composições do produto incluem: Prilocaína e Lidocaína que proporcionam uma anestesia mais profunda na pele e Epinefrina, que serve como um vasoconstritor responsável pela duração longa da anestesia tópica. Apesar da proibição da pomada, ela pode ser facilmente encontrada para a compra em alguns estúdios de tatuagem e até em sites gigantes de vendas on-line através dos Marketplaces.
A falta de registro na ANVISA mostra que ele não passou pelos testes da agência, e não tem como sabermos se ele é prejudicial ou não ao nosso organismo. Sem o registro não dá pra saber a eficácia e se os componentes são realmente os que estão citados na embalagem, e nem as quantidades de elementos químicos.
Ter a pomada TKTX no estúdio ou à venda em lojas de supplys de tatuagem acarreta crime, e os profissionais podem sofrer sanções criminais e éticas. Em matéria publicada no site do Instituto Velasco, que atua na formação de cirurgiões Dentistas, eles dizem que uma alternativa seria fazer anestésicos tópicos manipulados:
“A maior vantagem dos anestésicos tópicos manipulados é a capacidade de personalizar a formulação. Isso significa que os profissionais de saúde podem especificar a concentração exata dos ingredientes ativos (como lidocaína, tetracaína, benzocaína, entre outros), além de adaptar a base do creme ou gel para maximizar a eficácia e minimizar os riscos de reações adversas.”
Fica o alerta para tatuadores e clientes de que a pomada TKTX é proibida no Brasil. E se acontecer uma fiscalização ou denúncia, os responsáveis podem responder criminalmente por isso.
